04 fevereiro, 2007




Do meio da rua

A abarrotar de gente,
Paro e contemplo a multidão.
Como única testemunha,
A lua,
Sinto em mim presente
Uma verdade que me traz confusão,
Insegurança e desolamento...

Sei que não é meu sustento
O vinho e o pão
Que cada dia como à mesa,
Que cada dia aumenta a certeza
Que é a tua presença,
O amanhecer de cada dia meu...

É tão teu este encaixe perfeito
Vindo do lado esquerdo do peito,
Como o olhar lançado ao firmamento;
Esperando nunca,
Cair em esquecimento...